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Dever

Se a ocupação ou posição social do personagem impuserem a ele uma obrigação pessoal significativa em relação a outras pessoas e, ocasionalmente, o obrigarem a obedecer a ordens perigosas, ele terá um “Dever”. Esta desvantagem geralmente acompanha Hierarquia (pág. 29), Patronos (pág. 75) ou uma das características apresentadas no parágrafo Privilégio (pág. 30). Um trabalho particularmente árduo pode se qualificar como um Dever, mas isso não acontece com a maioria dos empregos. Um senso do dever autoimposto não conta como um Dever (mas ainda pode se qualificar como desvantagem; consulte Senso do Dever, pág. 156). Por fim, o jogador não pode exigir pontos por um Dever relacionado a um Dependente (pág. 130); os pontos recebidos pela segunda desvantagem já refletem obrigações desse tipo.

O Mestre pode restringir os Deveres permitidos em uma campanha ou até mesmo proibi-los completamente se achar que eles vão prejudicar o andamento da aventura.

Se o personagem tiver um Dever, o Mestre deve fazer uma jogada no início de cada aventura para averiguar se ele surgirá durante o jogo. Um “chamado para cumprir seu dever” pode atrapalhar seus planos… ou pode ser a razão da aventura! Talvez o chefe do personagem tenha designado uma tarefa secreta ou os associados dela o estejam atormentando enquanto ele está oficialmente “de licença”. Se o personagem tentar ignorar seu Dever, o Mestre tem liberdade de penalizá-lo por má atuação.

O custo básico em pontos desta desvantagem depende da frequência com que ela aparece no jogo:

  • Quase o tempo todo (resultado de 15 ou menos): -15 pontos. Neste nível, o Mestre pode determinar que o personagem está sempre de plantão.
  • Com bastante frequência (resultado de 12 ou menos): -10 pontos.
  • Com pouca frequência (resultado de 9 ou menos): -5 pontos.
  • Esporadicamente (resultado de 6 ou menos): -2 pontos.

Os valores acima representam o custo de um Dever que é ocasionalmente perigoso, mas foi imposto por questões comuns a sociedade. Se isso não descreve o Dever do personagem, então é preciso alterar o custo:

  • Extremamente Perigoso: O personagem sempre se coloca em situações de risco de vida ou de sofrer ferimentos graves quando precisa cumprir seu Dever. Ele sofre consequências graves caso se recuse a assumir esses riscos: desonra, aprisionamento ou talvez até mesmo a morte. Cabe ao Mestre decidir se um Dever é “extremamente perigoso” em sua campanha. -5 pontos.
  • Involuntário: Alguns personagens podem ter deveres que representam ameaças contra eles mesmos ou contra seus entes queridos, ou deveres impostos pelo uso de métodos exóticos de controle da mente, de uma maldição, etc. Nesse caso, o perigo não está relacionado ao cumprimento do Dever em si — o perigo é não cumprir o Dever! Um Dever pode ser Involuntário em conjunto com Extremamente Perigoso ou Inofensivo. -5 pontos.
  • Inofensivo: O Dever do personagem nunca o coloca em risco de vida. Esta opção é mutuamente excludente com Extremamente Perigoso. +5 pontos (se isso aumentar o custo do Dever para 0 ou mais pontos, então se trata de uma função simples demais para se qualificar como um Dever).

Exemplos:

Exemplo 1: O prefeito de uma cidade tem uma dívida com um criminoso que o ajudou a ser eleito. Seu benfeitor raramente pede favores (-2 pontos), porém, considerando que o prefeito será chantageado ou agredido se recusar-se a colaborar, seu Dever se qualifica como Involuntário. Esse Dever Involuntário (Criminoso, 6 ou menos) vale -7 pontos.

Exemplo 2: Um soldado está sempre em serviço (-15 pontos). Talvez ele participe de apenas alguns combates em toda a sua carreira, mas essas serão ocasiões de risco de vida. Além disso, em seu dia a dia, ele tem que pular de aviões, caminhar por florestas infestas de serpentes e treinar com munição de verdade. Um soldado tem um Dever (Exército, 15 ou menos; Extremamente Perigoso), por -20 pontos.

Esfregue a regra na cara do seu amigo